Por que viajar?
E por que não viajar??!
Existe, sinceramente, algum motivo por que não viajar? Creio que não. Apenas a doença. E ainda assim, apenas para adiar uma viagem!
Países, por que visitar um deles? Por que gastar tempo e dinheiro e investir numa viagem?
Nós viajamos porque somos curiosos. É da natureza humana. Por que queremos entrar em contato com o diferente. Por que queremos provar comidas, sabores, ingredientes diferentes. Queremos nos deslumbrar com uma visita a um museu, queremos nos surpreender com uma paisagem montanhosa (quem sabe com neve no cume!), queremos mergulhar em um mar azul esmeralda/turquesa de água cristalina e quentinha de preferência com tutubas à distância.
Para entender melhor uma cultura diferente da nossa, decidimos passar mais tempo em um país ou em uma cidade. É assim que se planeja uma viagem sem guia turístico. Entender uma cultura não significa que você virará expert naquela cultura; significa simplesmente dizer que você experimentará apenas algumas peculiaridades daquele país, sentirá um gostinho exótico numa refeição, respirará ares diferentes, olhará para as nuvens e até elas serão distintas daquelas a que estás habituado na sua terra. De partida, espere apenas ver a ponta do iceberg. Nós nunca sairemos de uma viagem 100% experts em uma cultura diferente da nossa.
Depois que você aceitar isto, vai querer aprender mais sobre a diversidade de culturas e vai experimentar a alegria do viajante. Também se tornará mais tolerante. Veja se esta citação lhe diz algo. A mim, diz muito:
“Viajar é fatal para o preconceito, a intolerância e as ideias limitadas; só por isso, muitas pessoas precisam muito viajar. Não se pode ter uma visão ampla, abrangente e generosa dos homens e das coisas vegetando num cantinho do mundo a vida inteira.” Mark Twain – The Innocents Abroad (1896)
Eu sei, lido de certa forma, essa citação parece um tanto elitista. Mas não é esse viés de interpretação que quero enfatizar. É o viés da curiosidade, da compreensão do ser humano, das sociedades e das culturas que apesar de serem diferentes entre si, também nos unem no que é universal à vida humana. Podemos falar línguas diferentes, podemos ter comportamentos diferentes (introvertidos ou extrovertidos), podemos falar alto ou falar baixo (generalizando, escandinavos e japoneses, por exemplo, falam baixo, já o latinos são gritalhões), podemos ter diferentes hábitos alimentares (generalizando novamente, massas na Itália, diferentes tipos de arroz e bastante temperos e pimentas nos países asiáticos, por exemplo).
Mas o que nos une como seres humanos são características universais: a fome, o afeto, a educação, a necessidade de socializar, a vontade de aprender, etc.
E quanto mais nós conhecermos culturas diferentes das nossas, mais seremos tolerantes em aceita-las, e mais seremos tolerantes em aceitar inclusive as diferenças internas de nossa própria cultura. Tolerância e resiliência são características interessantes de se adquirir como ser humano? Creio que sim! TOTAL! Então quando você investe em viajar, investe em se tornar um ser humano melhor.
Exatamente! Como é bom viajar! Como é bom estar em contato com o exótico!