Brooklyn Bridge & Surroundings (Ponte do Brooklyn e entorno)
NYC é dividida em cinco distritos, basicamente; distritos são regiões administrativas que englobam diversos bairros. Em inglês chamam-se boroughs. Quando ouvir a expressão five boroughs, tenha certeza de que estão se referindo a esses cinco distritos aqui: BRONX, BROOKLYN, MANHATTAN, QUEENS e STATEN ISLAND.
Brooklyn é derivado do holandês Breuckelen. Os primeiros que foram morar nesse distrito foragidos de sua terra natal invadida por ingleses ainda em 1664. O Brooklyn é gigantesco. Menos denso que a cereja do bolo Manhattan, pois tem menos prédios vertiginosos apontando pro céu. Também tem bairros históricos divididos por etnias que ainda continuam com suas divisões históricas, tradições e hábitos prévios aos da americanização comum a todos que chegaram imigrantes dos mais distantes locais do globo.
BROOKLYN BRIDGE
O principal ponto de partida pra conhecer o Brooklyn deve ser a PONTE DO BROOKLYN. Na verdade, ela não seria ponto de partida, mas ponto de travessia (de Manhattan pro Brooklyn). É a mais antiga ponte pênsil que liga o borough do Brooklyn à ilha de Manhattan. Minha recomendação é chegar lá pelas 4hs da tarde (ou o equivalente do final de tarde que ainda tem boa claridade a depender da época do ano em que fores); o verão novaiorquino o equivalente de 4 da tarde provavelmente será algo próximo às 19hs, pois o sol se põe bem mais tarde por lá nessa época. Da mesma forma, se for no outono ou primavera, se atentar para o horário do final de tarde! Não é igual ao nosso brasileiro…
A ponte é altamente fotogênica, grandiosa e sempre tem turista atravessando ela de dia e de noite e até de madrugada. Escolha um bom horário como o entardecer ou o nascer do sol pra suas fotos ficarem mais bonitas ainda. A travessia pode ser feita a pé ou de bike pela passarela suspensa acima de onde carros, caminhões, ônibus e motos passam.
Saindo de Manhattan do metrô da prefeitura de NYC não tem erro de como chegar à passarela pra chegar ao Brooklyn da melhor maneira: caminhando. Não tem erro, siga o fluxo da turistada e dos vendedores ambulantes que dispõem seus souvenires da ponte nas calçadas em cangas no chão, prontas para serem rapidamente “embrulhadas” com suas mercadorias para saírem correndo da fiscalização governamental.
Alguns dos metrôs que servem a área são as linhas vermelha 2 e 3, as linhas verde 4 e 5. Em termos de transporte público, NYC pode ter vagões e estações sujas, entradas estreitas sem escada rolante, ratazanas circulando pelas linhas dos trens e lixo jogados pelos mais desprovidos de educação; mas isso não anula o fato de que ele vai lhe atender perfeitamente para TODOS OS LOCAIS DA CIDADE.
Além do metrô, também há a opção de pegar os ônibus da cidade, que lhe dão a oportunidade de ir acompanhando a paisagem, que vai mudando, conforme o bairro que você adentra! Há opções de comprar o cartão do transporte público (ônibus/metrô) por um percurso que pode até incluir uma baldeação, ou por 7 ou 30 dias inteiros por quantos percursos quiseres fazer. Lembre-se apenas que há um limite de tempo entre o uso do metrô e do ônibus para o seu uso novamente. Mas se for apenas uma baldeação, não haverá problemas. Para o uso do ônibus, há máquinas nas entradas do metrô e em algumas estações de ônibus maiores e mais movimentadas em que há uma máquina na qual terás de imprimir o bilhete para embarcar no ônibus. Para isso, basta apenas usar o seu cartão do metrô numa dessas máquinas, escolher a língua que irás usar e seguir as intruções.
DUMBO
Aproveite os ângulos de fotos tanto pra Manhattan quanto pro Brooklyn. Chegando lá, sugiro descer no entorno da ponte do Brooklyn até o bairro de Dumbo, que fica localizado embaixo dessas 2 pontes: a do Brooklyn e a de Manhattan (sim, pra nos confundir, as pontes tem os nomes dos 2 bairros). Não é fofo esse nome? Dumbo… Não tem nenhuma relação com aquele elefante de orelhas grandes da linda história de aceitação das nossas diferenças lançado ainda na década de 40 do século passado por “seu-Wall-Dislley”. É só a abreviação de Down Under the Manhattan Bridge Overpass (embaixo do viaduto da Manhattan Bridge).
De Dumbo há um ângulo massa pra tirar AQUELA FOTO clássica da Manhattan Bridge alinhada no meio de uma rua de prédios baixos de tijolos aparentes, como essa em que apareço no centro da foto com o braço pra cima fazendo um hangloose ou algo que o valha. É A foto clássica de Dumbo, que também é local de outras atrações bacanas dessa ponta do iceberg do Brooklyn que é cheio de coisas bacanas e descoladas pra fazer. A rua em que encontrarás esse visual que provavelmente já vistes na TV ou no instagram, tik tok ou qualquer outro local desses é a a Washington Street em Dumbo, entre os números 21 e 39.
Manhattan é legal, é alto nível, é upper class. Brooklyn é tudo isso sem perder o estilo e sem apelar pra o poderio financeiro de Wall Street no downtown da ilha. Resumindo: Brooklyn é mais new yorker sem ser afetada. Se você quer topar com os hipsters, venha pra cá. Vá a Williamsburg ou Bushwick.
De lá, o passeio é sempre à pé até O CARROSSEL mais fotogênico e clássico que fica na beira de Dumbo e do East River chamado Jane’s Carousel que tá ali desde 1922 (só cento e poucos anos…). O Time Out Market de NYC fica localizado bem aqui atrás do carrossel. Lá há diversas opções de comidas pra todos os bolsos e gostos. Acho o Time Out Market uma versão gourmetizada de qualquer antigo mercado de comidas. Mas pra quem tá batendo perna, passeando, é uma bela mão na roda, com excelente estrutura em todas as suas unidades. Hoje em dia eles estão espalhados pelo globo em diversas capitais e cidades do mundo. Espere comida de boa qualidade neles, mas não espere toda vez muita originalidade.
Daqui, depois de forrar o bucho, sugiro continuar caminhando por esse calçadão no mesmo sentido até a altura do famoso Old Pier 1. Lá também é ponto clássico pra tirar aquela sua foto incrível dos restos do antigo píer, com lindo visual do skyline de prédios do downtown de Manhattan/Wall Street. Toda essa região é super gostosa pra passear a pé, continuar visualizando Manhattan e Brooklyn e explorando todo o entorno.
Te indiquei o básico do básico de Dumbo. O resto é com você. Se não quer ir no Time Out Market por achar uma roubada ir numa grande praça de alimentação pra experienciar algo pasteurizado e igual a todas as outras cidades em que o Time Out está presente, faça sua pesquisa de um lugar descolado pra bater o rango.
No longínquo ano de 2004 uma amiga minha estava morando em Dumbo e me convidou pra comer num restôzinho da Etiópia de comida excelente. Provavelmente não está mais aberto. Nem lembro o nome. Mas lembro muito bem do sabor do arroz perfumado que comi nesse restaurante pela primeira vez na vida e que certamente se comer novamente, me remeterá a esse encontro. Boas opções mais originais que o time out market estarão por lá, basta dar uma googleada em “restaurantes” e rapidamente descobrirás algo! Fica a dica, é de grátis, by “Anthony Bourdain”.
Aqui em Dumbo também fica um lugar pra quem gosta de quinquilharias e peças vintage, que é o Dumbo Flea Market, ou mercado de pulgas.
Daqui, e pra fechar com chave de ouro esse passeio fuderozo e pra começar a exploração do Brooklyn adentro, sugiro subir até o Brooklyn Heights Promenade, que é um lindo calçadão arborizado com vistas lindas sob outro ângulo da big apple logo ali do outro lado do East River.
Eu ainda acrescentaria que essa região do Brooklyn é apenas o início de uma linda relação que poderás cultivar com esse distrito da cidade; faz parte, ainda da região, o descolado bairro de WILLIAMSBURG (que agora gentrificou de vez), cheio de hipsters e brechós com preços exorbitantes. Por sua vez, BUSHWICK é a “nova Williamsburg” e tem paredes com grafites de artistas renomados e outros nem tanto, novos cafés e restôs bombando e a gentrificação “comendo no meio do centro” do bairro. Digamos que Williamsburg inflacionou, assim como o Soho de Manhattan. Mas isso fará parte de um novo post, quando eu tiver num desses dias inspirados pra te revelar os meus segredos novaiorquinos.