New York City/USA – Nova Iorque/EUA

NYC

Primeira dica:

Pra você que é iletrado em inglês, NYC são as iniciais de CIDADE DE NOVA IORQUE. Se você já leu essa sigla num boné azul marinho em letras brancas, provavelmente será um boné do famoso time de baseball New York Yankees. Não que eu tenha ido ao estádio deles, ou conheça particularmente as regras do jogo, a não ser a do home run, que é quando um dos jogadores dá aquela porrada na bola que vai literalmente pra fora do estádio. Isso lhe dá direito de correr todas as bases e o time dele conquistar muitos pontos com isso.

Segunda dica:

Prepare o bolso! Uma das cidades mais caras do mundo. E, quem sabe, a que ainda guarda o título de cidade mais cosmopolita do globo. Paris, Londres, Hong Kong, Tokyo, Bangkok, Pequim? Esqueça! Essas daí são limitadas comparadas com NYC no quesito cosmos.

Minha primeira ida lá foi no longínquo ano de 1997, num mês de fevereiro, proveniente de uma cidadezinha no interior de Massachusetts em que estava morando durante o intercâmbio cultural Brasil-EUA/USA-Brazil.

Terceira dica:

Fodam-se as dicas. Ops, sorry my english.

Vim de trem direto de Boston e com aquela expectativa juvenil de encarar uma selva de pedras já à distância. E não foi que a velha “gothan city” não me decepcionou? O Bronx e o Queens são os distritos pelos quais passam esse trem que de longe descortina Manhattan.

Fiquei de bobeira por lá por uma semana, fazendo o circuitão básico dos que a visitam pela primeira vez: Central Park, Estátua da Liberdade, Wall Street, museu Metropolitan, Broadway, Ponte do Brooklyn e as finadas Torres Gêmeas (que agora foram substituídas pela torre única do One World Trade Center), e por aí vai… Fevereiro é um mês frio da gota serena e se não gosta de frio de verdade, não vá nunca entre meados de novembro até fim de março.

A cidade é a mais filmada em séries, filmes, etc. A sua sensação de familiaridade com ela vai ser repleta de cenas de déjà-vu. Se nunca foi, vai achar que já conhece. Quando piscar os olhos e desviar o olhar para qualquer outro canto, vai se lembrar de algum filme que já a retratou. Além dessa familiaridade visual, também poderá vir à tona uma sensação de inserção sua em alguma história da máfia italiana, de um super-herói que salva a cidade ou de um romance vivido em suas ruas. Todas essas sensações valem a pena ser vividas ao menos uma vez. Vá, conheça o lugar e reavalie se vale a pena retornar lá.

Eu já perdi a conta de quantas vezes retornei por lá. Sinceramente não me lembro. Quatro explicações plausíveis:

  1. Tenho família por lá (uma tia e um tio), então é um lugar que sempre retorno. E esses tios tem um local especial no meu coração. São meus gurus intelectuais. Os 6 meses em que morei com eles me engrandeceram. Mas estou longe de ser intelectual;
  2. Por que como a cidade é cosmopolita, está sempre se reinventando, locais fantásticos se mantém, outros nem tanto fecham, outros abrem suas portas, museus incríveis continuam lá com novas exposições, museus novos são criados, baladas sangrentas mudam de endereço, outras perdem a vibe e fecham suas portas de vez, então NUNCA UMA VIAGEM A NYC SERÁ IGUAL À ANTERIOR, se a sua disposição para encarar novidades for GRANDE. Se gosta de repetir programação, melhor nem sair do seu mundinho, na sua cidade. Invista seu rico dinheiro não em experiências, mas em bens materiais e deixe eles para os seus herdeiros (que vão se trucidar pra ter esses bens, quem sabe antes mesmo de você bater as botas);
  1. Logo após me formar em direito há uns 20 anos atrás, eu estava feito bosta nágua, sem saber como ganhar a vida, então meus tios resolveram me “adotar” por 6 meses e me “reimportaram” para a América (lembra do primeiro intercâmbio pra Massachusetts?), e nada menos que o Upper East Side de Manhattan! Ouh, yeah! Eu vivia em estilo, no meio dos milionários americanos das castas superioras. Nesse período fiz um curso em Direitos Humanos e Proteções de Minorias na Columbia e alguns estágios em ONGs. Brinco que foi a melhor a época da minha vida. E foi! Até mesada eu ainda recebia. Pobrezinho do marmanjo aqui com 20 poucos anos na cara que ainda não conseguia pagar suas contas…

Como nós, homens, demoramos pra amadurecer e pegar no tranco, hein? Ainda iria demorar no mínimo uns 5 anos pra eu conseguir finalmente pagar minhas contas totalmente. Coitados de painho e mainha e dos meus tios Vivi e Brad. Mas valeu a pena o investimento em mim! Se pagou! Agora só dou alegria. Low maintenance e ainda uma netinha.

  1. Last, but not least: Anthony Bourdain era um new yorker. Eu sou Tonho Bordão. O Anthony Bourdain tupiniquim.

Então se quer saber mais sobre essa cidade fuderoza que é NYC, e quer dicas mais aprofundadas que NÃO apenas o basicão do que ver, do que fazer e do que comer, dá uma conferida nos próximos posts sobre NYC logo mais!

GREAT THINGS ARE ABOUT TO COME! Yeah! Come with me, come on! Come, come.

LET’S MAKE NYC GREAT AGAIN! AMERICA DOES NOT NEED it! 😉

THE GREATEST CITY IN THE WORLD (esse último parafraseando o bordão do início do programa de David Letterman).

Se prepare. A leitura é grande, profunda, pois segundo um amigo meu, meus posts sobre viagens não são sucintos; tendem mais para reportagens da revista Piauí. Pra alguns que estão com pressa, isso já sinaliza que não vale a pena perder tempo com minhas divagações. Pros que não tem pressa, segue meus relatos da big apple!

E o primeiro dele é será sobre o meu BOROUGH favorito: BROOKLYN!

Por Published On: março 7th, 2025Categorias: AmericaTags: ,

One Comment

  1. Virginia Botelho 08/03/2025 at 12:17 am - Reply

    Duda, amei! Seu texto esta muito bom, Tem ritmo, vai no ponto, entrega a encomenda. Fico esperando a continuação!

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